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- Metáfora das cores
AZUL
– 1ª Realidade
Fogo
( Nova realidade )
AZUL
MARINHO E AMARELO – 2ª Realidade
Fogo
( Nova realidade )
AZUL
TURQUEZA,
AMARELO
ESCURO
VERDE
– 3ª Realidade
Fogo
( Nova Realidade )
AZUL
CELESTE
AMARELO
CLARO
VERDE
ABACATE
VERMELHO
– 4ª Realidade
Fogo
( Nova Realidade )
BRANCO
– 5ª Realidade
SENTIMENTOS
INTUIÇÃO
CRIATIVIDADE
( Objeto sempre fora
branco )
Exemplo
metafórico do conhecimento da realidade. As cores são os sentimentos, intuições
e criatividades, que mudam de tonalidade conforme o desenvolvimento do
indivíduo que transpassa por meio de uma “nova vontade” ou “fogo”. Em cada
nível adicional há sempre uma nova cor ou conhecimento de um aspecto diverso da
vida, pois este é o resultado da audácia da criatividade, a nova cor pode
representar um novo hábito, no caso da cor que apenas muda sutilmente de tonalidade
propus uma visão pouco mais diferente sobre o mesmo objeto, ainda que o sujeito
que está num nível tenha a possibilidade de entender o objeto através da visão
( ou cor ) anterior, já que os níveis são acumulativos, mas este, por tr mudado
sua visão julga que a cor anterior é ingênua senão até ignorante, sua cor é a
mesma no entanto mais completa, é como dizer que no controle remoto também
haviam os botões de volume e canal, no entanto recheado de muitos outros
botões. Não pensei em cor mais adequada para representar a “realidade essencial”
nesta metáfora que a cor branca que representa na luz, conforme o comprova o
prisma, a união de todas as cores. Ainda há a importante ressalva que o objeto
nunca muda a sua cor, pois a realidade é somente uma, o que mudou no
transcorrer do desenvolvimento do ser foi as suas ferramentas de interpretação.
Ora estas,
quê pensar de se acrescentar à televisão um video cassete, um DVD ou um “video
game” trazendo à tona não novas potencialidades mas sim novas realidades?
As realidades
do mundo são muitas, imaginemos que uma pessoa possa travar contato com
diversos estilos musicais: pop, axé, samba, clássico, “new age”, afoché,
caipira, sertanejo ou “dance music”. E que depois de algum tempo este sujeito
tenha se desenvolvido de tal modo em suas características cognitivas e
psíquicas que surgiu-lhe a sensibilidade de entender ( assimilar, interpretar )
Hector Berlioz, Mozart. Bach,
Thaikovsky, Edward Grieg, Bethoven, Elgar, Brahms ou Modest Mussorgsky. Podemos
considerar estilos musicais totalmente distinto como realidades diferentes ou
potencialidades diferentes da mesma realidade? A segunda resposta por certo é a
mais convincente. Assim uma realidade diversa neste caso não seria o estilo
musical mas sim o estilo artístico. Outra realidade seria a pintura, escultura
ou o teatro. E pasmem pois ( metaforicamente ) o sujeito que se desenvolveu na
música, em nosso caso, não têm ferramentas para interpretar a escultura e por
isto deve começar do primeiro nível para entender esta realidade, o processo
deve ocorrer como ocorreu com a música.
Assim, posso
ser um sensitivo em determinada realidade e aprendiz em outra. Não pode ser
esquecido que não me refiro aqui apenas ao conhecimento intelectivo senão numa
concepção integral aos 5 estados de conhecimento da realidade. ( Físico,
Intelectual, Sentimental, Intuitivo e Transcendental ) Cada um constitui um
potencial que ajuda no conhecimento total de uma determinada realidade.
Geralmente o ser humano têm a tendência em desenvolver estes aspectos de
maneira desequilibrada, de modo que fica com um mais desenvolvido que outro, o
que faz perder pontos no conhecimento cabal do objeto. Imagine que os alicerces
sensíveis para a interpretação da música são diferentes que par a
interpretação da escultura, assim temos que as ferramenta de interpretação
que dispomos são diferentes para cada objeto ou realidade especifica. O
mesmo que dizer que o controle remoto da televisão é um, o do DVD é outro e o
do vídeo cassete é outro ainda. Vai daí que podemos inflamar nosso espírito
mais comumente com música e menos com teatro porque desenvolvemos ( pela
educação moral, ideológica, filosófica etc... ) uma ferramenta de interpretação
de uma realidade específica, para tal a ferramenta deve ser também específica.
Assim temos a
seguinte disposição:
Este gráfico mostra primeiro que não existe uma senão
muitas realidades que podem ser divididas segundo a vontade daquele que o faz,
imaginem que ao invés de estilos artísticos fosse feita uma divisão de
categorias como: arte, ciência e religião, ou das 4 estações do ano, ou fossem
colocadas as matérias da grade curricular de um curso qualquer, modalidades
esportivas. Esta variação pode prosseguir numa cadência de possibilidades
incessante.
O segundo fato
que se percebe é que para cada realidade há uma disposição específica das
ferramentas de interpretação. Outro fator importante nisto, que deve ser
citado, é que este último gráfico está intimamente relacionado com a metáfora
dos níveis de conhecimento da realidade através das mudanças de cores. (
mudança de aspectos da psique e mesmo do corpo )
Imaginemos
que, além do fato de que os estados de conhecimento da realidade geralmente têm
maior propensão em se desenvolver na ordem em que foram inseridos, que cada
um deles têm um alicerce total dentro da “metáfora das cores”, por exemplo:
temos o aspecto sentimental se desenvolvendo em seus detalhes, com as distintas
fases da realidade sentimental. ( para a percepção e o conhecimento de
determinada realidade )
Contundentemente nos deparamos com as duas tabelas relacionadas:
Tabela da “metáfora das cores”
Gráfico das muitas realidades
Estamos
falando aqui simplesmente de duas coisas, pois a tabela da metáfora das cores
se refere basicamente à interpretação do mundo, o gráfico das muitas realidades
é referente ao objeto que está posicionado externamente com relação ao sujeito:
A realidade!
Algo que pode
ser incitado referente à divisão que foi estabelecida proporcionando o
entendimento de vários tipos de realidade, é que somos obrigados a considerar
que muitas realidades podem se unir formando uma só realidade que se depara
com outras realidades num nível superior. É como dizer que a televisão,
video cassete, video-game e DVD são todos aparelhos eletrônicos e se unem para
formar a categoria de aparelhos eletrônicos, no entanto esta categoria se
depara com a tsapeçaria com os móveis e lustres da sala, de modo que unindo
tudo temos a unidade sala, que irá se deparar com outras categorias da
realidade como: cozinha, quarto, banheiro, átrio e quintal. Isto ocorre em um
interminável ato de união de realidades:
Haveria no entanto uma realidade que pudesse abranger
todas as realidades, aliás, o conceito de realidade nunca pode ser fragmentado:
não posso, não sou capaz de emitir uma opinião totalmente correta e fidedigna
sobre determinado político caso não conheça sua proposta política, do mesmo
modo que é duvidoso ouvir opiniões de alguém sobre determinado escritor se este
leu parcialmente sua biografia. Assim se passa com a realidade, um indivíduo,
ao menos teoricamente, conhece muito melhor a concepção de arte se é conhecedor
de cada uma das artes; Conhece melhor a formação humana se sabe de cada um dos
aspectos que perfazem esta formação.
A “realidade
essencial” ( que é a união de todas as realidades ) é conhecida quando se
conhece cada uma das realidades. Não se pode conhecer o todo se não se conhece
as partes. No entanto, a pesar de tudo o que foi dito até agora, existe uma
ressalva que deixa abismado a min mesmo, pois é inegável que o mundo
fenomênico, mesmo que seja caracterizado por uma diversidade infindável de
realidades ocorre que o ato de interpretação delas é marcado pelas mesmas
reações de inflamação de espírito. O poema que agora se seguirá têm o
intento de algo elucidar sobre o complexo assunto da realidade e de seus
processos de interpretação:
O medo será sempre medo
Alegria sempre alegria será
Enternecimento sempre enternecimento
A lágrima sempre lágrima
Sorriso por sorriso será sempre alegre
Sinceridade é eternamente sincera
Através do tempo
Através do espaço
Em todas as civilizações do mundo
Diante de todas as realidades
As reações internas são iguais
Diante das realidades diferentes
Que por isto mesmo
Se tornam realidades iguais
Pois é a interpretação
E não a realidade
Pois é a interpretação que reconstrói a realidade
II
Ora estas, que paródia é a vida
Hilário labirinto de caminhos muitos
Comédia de muitas trapaças
Quem é o que entende a sutil piada
O que ri às favas duma parlapatice qualquer?
Ou o que interpreta a ardilosa e sutil hilaridade
III
Ora estas que é a vida senão uma abstrata construção
Onde tudo depende de interpretação
Um quadro belo é bem visto
Um feio é mal visto
Qual será o belo? Qual o feio?
De quê devo rir e por quê chorar?
Seguir modismos? Seguir o coração?
IV
Sempre mudar
E por isto extasiar, abismar, espantar
E mesmo que ao mesmo eu veja
Estará o mesmo diferente
Porque eu mudei
E por isto extasiar, abismar, espantar
Ciclos iguais não são iguais
Ora estas, que paródia é a vida
***
Assim, quando
me sinto feliz por correr uma maratona ou conversar com os amigos o feliz será
sempre feliz ( relativo à parte I do poema ), mesmo que esteja utilizando
estados de conhecimento da realidade diferentes ( em um físico e noutro
racional ou sentimental. )
Dançar ou
compor pode me trazer uma satisfação de espírito, de enternecimento ainda que
sejam categorias diferentes de realidade, na verdade, conforme o poema, são
categorias iguais de realidade porque no final das contas o que é importante é
a inflamação de espírito e não o método ou meio através do qual ela ocorreu.
O fato de ser
católico ou espírita, crente ou budista, espiritualista ou umbandista não irá
diferenciar o alcance da religiosidade ou transcendência espiritual porque esta
está inerente às potencialidades naturais do ser humano e não às criações
culturais externas. A razão pode ser
desenvolvida tanto através da matemática como da física ou da lógica dialética,
a questão alvo desta discussão é que a sensação de realização após chegar à uma solução para complicado
problema é a mesma.
Assim, com
esta nova linha de pensamento, excluímos a problemática da necessidade de ter
um controle remoto para cada aparelho, poderia convencionar-se de maneira
razoável que o entendimento do mundo depende do ser e não do mundo. Aquele que
se desenvolve no estudo do entendimento da música, de certa forma irá entender
e ter mais facilidade em se sensibilizar em outras formas de arte. Assim como
uma pessoa que resolve praticar corrida terá maior propensão a praticar com
facilidade triatlon e futebol que outrem já que a resistência é uma
caracteristica humana e não pertencente à realidade externa.
Este princípio
que coloca a ferramenta da mente como algo que se desenvolve em áreas
específicas, mas que entende o todo, pois a alegria, por exemplo, não é algo
específico, mas que abarca todas as realidades. Isto porque ela é de dentro
para fora e não de fora para dentro. Se entendermos o mundo como sendo uma
interpretação, sendo portanto algo de dentro, e às vezes mais de dentro que de
fora, devemos convir que a realidade é em si mais psíquica que propriamente
material. Por isto, a realidade está submetida à essência interna do ser
humano, e se confunde de tal maneira com ela que se transforma nela. ( É ela )
O que passa a
interessar agora não é o mundo, mas a interpretação que faço dele ( porque isto
constitui a realidade ). O mundo é tal como funciona nossa mente e nosso
pensamento, é inimaginável saber como os diversos animais pensam e entendem o
mundo, ou como fariam seres extra terrestres.


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