Tuesday, November 5, 2024

7 - Metáfora das cores

 

7 - Metáfora das cores

 

AZUL – 1ª Realidade

Fogo ( Nova realidade )

AZUL MARINHO E AMARELO – 2ª Realidade

Fogo ( Nova realidade )

AZUL TURQUEZA,

AMARELO ESCURO

VERDE – 3ª Realidade

Fogo ( Nova Realidade )

AZUL CELESTE

AMARELO CLARO

VERDE ABACATE

VERMELHO – 4ª Realidade

Fogo ( Nova Realidade )

BRANCO – 5ª Realidade

 

 

SENTIMENTOS

INTUIÇÃO

CRIATIVIDADE

 

( Objeto sempre fora  branco )

 

 

      Exemplo metafórico do conhecimento da realidade. As cores são os sentimentos, intuições e criatividades, que mudam de tonalidade conforme o desenvolvimento do indivíduo que transpassa por meio de uma “nova vontade” ou “fogo”. Em cada nível adicional há sempre uma nova cor ou conhecimento de um aspecto diverso da vida, pois este é o resultado da audácia da criatividade, a nova cor pode representar um novo hábito, no caso da cor que apenas muda sutilmente de tonalidade propus uma visão pouco mais diferente sobre o mesmo objeto, ainda que o sujeito que está num nível tenha a possibilidade de entender o objeto através da visão ( ou cor ) anterior, já que os níveis são acumulativos, mas este, por tr mudado sua visão julga que a cor anterior é ingênua senão até ignorante, sua cor é a mesma no entanto mais completa, é como dizer que no controle remoto também haviam os botões de volume e canal, no entanto recheado de muitos outros botões. Não pensei em cor mais adequada para representar a “realidade essencial” nesta metáfora que a cor branca que representa na luz, conforme o comprova o prisma, a união de todas as cores. Ainda há a importante ressalva que o objeto nunca muda a sua cor, pois a realidade é somente uma, o que mudou no transcorrer do desenvolvimento do ser foi as suas ferramentas de interpretação.

       Ora estas, quê pensar de se acrescentar à televisão um video cassete, um DVD ou um “video game” trazendo à tona não novas potencialidades mas sim novas realidades?

      As realidades do mundo são muitas, imaginemos que uma pessoa possa travar contato com diversos estilos musicais: pop, axé, samba, clássico, “new age”, afoché, caipira, sertanejo ou “dance music”. E que depois de algum tempo este sujeito tenha se desenvolvido de tal modo em suas características cognitivas e psíquicas que surgiu-lhe a sensibilidade de entender ( assimilar, interpretar ) Hector Berlioz, Mozart. Bach, Thaikovsky, Edward Grieg, Bethoven, Elgar, Brahms ou Modest Mussorgsky. Podemos considerar estilos musicais totalmente distinto como realidades diferentes ou potencialidades diferentes da mesma realidade? A segunda resposta por certo é a mais convincente. Assim uma realidade diversa neste caso não seria o estilo musical mas sim o estilo artístico. Outra realidade seria a pintura, escultura ou o teatro. E pasmem pois ( metaforicamente ) o sujeito que se desenvolveu na música, em nosso caso, não têm ferramentas para interpretar a escultura e por isto deve começar do primeiro nível para entender esta realidade, o processo deve ocorrer como ocorreu com a música.

      Assim, posso ser um sensitivo em determinada realidade e aprendiz em outra. Não pode ser esquecido que não me refiro aqui apenas ao conhecimento intelectivo senão numa concepção integral aos 5 estados de conhecimento da realidade. ( Físico, Intelectual, Sentimental, Intuitivo e Transcendental ) Cada um constitui um potencial que ajuda no conhecimento total de uma determinada realidade. Geralmente o ser humano têm a tendência em desenvolver estes aspectos de maneira desequilibrada, de modo que fica com um mais desenvolvido que outro, o que faz perder pontos no conhecimento cabal do objeto. Imagine que os alicerces sensíveis para a interpretação da música são diferentes que par a interpretação da escultura, assim temos que as ferramenta de interpretação que dispomos são diferentes para cada objeto ou realidade especifica. O mesmo que dizer que o controle remoto da televisão é um, o do DVD é outro e o do vídeo cassete é outro ainda. Vai daí que podemos inflamar nosso espírito mais comumente com música e menos com teatro porque desenvolvemos ( pela educação moral, ideológica, filosófica etc... ) uma ferramenta de interpretação de uma realidade específica, para tal a ferramenta deve ser também específica.

      Assim temos a seguinte disposição:


Este gráfico mostra primeiro que não existe uma senão muitas realidades que podem ser divididas segundo a vontade daquele que o faz, imaginem que ao invés de estilos artísticos fosse feita uma divisão de categorias como: arte, ciência e religião, ou das 4 estações do ano, ou fossem colocadas as matérias da grade curricular de um curso qualquer, modalidades esportivas. Esta variação pode prosseguir numa cadência de possibilidades incessante.

      O segundo fato que se percebe é que para cada realidade há uma disposição específica das ferramentas de interpretação. Outro fator importante nisto, que deve ser citado, é que este último gráfico está intimamente relacionado com a metáfora dos níveis de conhecimento da realidade através das mudanças de cores. ( mudança de aspectos da psique e mesmo do corpo )

      Imaginemos que, além do fato de que os estados de conhecimento da realidade geralmente têm maior propensão em se desenvolver na ordem em que foram inseridos, que cada um deles têm um alicerce total dentro da “metáfora das cores”, por exemplo: temos o aspecto sentimental se desenvolvendo em seus detalhes, com as distintas fases da realidade sentimental. ( para a percepção e o conhecimento de determinada realidade )

      Contundentemente nos deparamos com as duas tabelas relacionadas:

Tabela da “metáfora das cores”

Gráfico das muitas realidades

      Estamos falando aqui simplesmente de duas coisas, pois a tabela da metáfora das cores se refere basicamente à interpretação do mundo, o gráfico das muitas realidades é referente ao objeto que está posicionado externamente com relação ao sujeito: A realidade!

      Algo que pode ser incitado referente à divisão que foi estabelecida proporcionando o entendimento de vários tipos de realidade, é que somos obrigados a considerar que muitas realidades podem se unir formando uma só realidade que se depara com outras realidades num nível superior. É como dizer que a televisão, video cassete, video-game e DVD são todos aparelhos eletrônicos e se unem para formar a categoria de aparelhos eletrônicos, no entanto esta categoria se depara com a tsapeçaria com os móveis e lustres da sala, de modo que unindo tudo temos a unidade sala, que irá se deparar com outras categorias da realidade como: cozinha, quarto, banheiro, átrio e quintal. Isto ocorre em um interminável ato de união de realidades:

Haveria no entanto uma realidade que pudesse abranger todas as realidades, aliás, o conceito de realidade nunca pode ser fragmentado: não posso, não sou capaz de emitir uma opinião totalmente correta e fidedigna sobre determinado político caso não conheça sua proposta política, do mesmo modo que é duvidoso ouvir opiniões de alguém sobre determinado escritor se este leu parcialmente sua biografia. Assim se passa com a realidade, um indivíduo, ao menos teoricamente, conhece muito melhor a concepção de arte se é conhecedor de cada uma das artes; Conhece melhor a formação humana se sabe de cada um dos aspectos que perfazem esta formação.

      A “realidade essencial” ( que é a união de todas as realidades ) é conhecida quando se conhece cada uma das realidades. Não se pode conhecer o todo se não se conhece as partes. No entanto, a pesar de tudo o que foi dito até agora, existe uma ressalva que deixa abismado a min mesmo, pois é inegável que o mundo fenomênico, mesmo que seja caracterizado por uma diversidade infindável de realidades ocorre que o ato de interpretação delas é marcado pelas mesmas reações de inflamação de espírito. O poema que agora se seguirá têm o intento de algo elucidar sobre o complexo assunto da realidade e de seus processos de interpretação:

O medo será sempre medo

Alegria sempre alegria será

Enternecimento sempre enternecimento

A lágrima sempre lágrima

Sorriso por sorriso será sempre alegre

Sinceridade é eternamente sincera

Através do tempo

Através do espaço

Em todas as civilizações do mundo

Diante de todas as realidades

As reações internas são iguais

Diante das realidades diferentes

Que por isto mesmo

Se tornam realidades iguais

Pois é a interpretação

E não a realidade

Pois é a interpretação que reconstrói a realidade

II

Ora estas, que paródia é a vida

Hilário labirinto de caminhos muitos

Comédia de muitas trapaças

Quem é o que entende a sutil piada

O que ri às favas duma parlapatice qualquer?

Ou o que interpreta a ardilosa e sutil hilaridade

III

Ora estas que é a vida senão uma abstrata construção

Onde tudo depende de interpretação

Um quadro belo é bem visto

Um feio é mal visto

Qual será o belo? Qual o feio?

De quê devo rir e por quê chorar?

Seguir modismos? Seguir o coração?

IV

Sempre mudar

E por isto extasiar, abismar, espantar

E mesmo que ao mesmo eu veja

Estará o mesmo diferente

Porque eu mudei

E por isto extasiar, abismar, espantar

Ciclos iguais não são iguais

Ora estas, que paródia é a vida

               ***

      Assim, quando me sinto feliz por correr uma maratona ou conversar com os amigos o feliz será sempre feliz ( relativo à parte I do poema ), mesmo que esteja utilizando estados de conhecimento da realidade diferentes ( em um físico e noutro racional ou sentimental. )

      Dançar ou compor pode me trazer uma satisfação de espírito, de enternecimento ainda que sejam categorias diferentes de realidade, na verdade, conforme o poema, são categorias iguais de realidade porque no final das contas o que é importante é a inflamação de espírito e não o método ou meio através do qual ela ocorreu.

      O fato de ser católico ou espírita, crente ou budista, espiritualista ou umbandista não irá diferenciar o alcance da religiosidade ou transcendência espiritual porque esta está inerente às potencialidades naturais do ser humano e não às criações culturais externas. A razão  pode ser desenvolvida tanto através da matemática como da física ou da lógica dialética, a questão alvo desta discussão é que a sensação de realização  após chegar à uma solução para complicado problema é a mesma.

      Assim, com esta nova linha de pensamento, excluímos a problemática da necessidade de ter um controle remoto para cada aparelho, poderia convencionar-se de maneira razoável que o entendimento do mundo depende do ser e não do mundo. Aquele que se desenvolve no estudo do entendimento da música, de certa forma irá entender e ter mais facilidade em se sensibilizar em outras formas de arte. Assim como uma pessoa que resolve praticar corrida terá maior propensão a praticar com facilidade triatlon e futebol que outrem já que a resistência é uma caracteristica humana e não pertencente à realidade externa.

      Este princípio que coloca a ferramenta da mente como algo que se desenvolve em áreas específicas, mas que entende o todo, pois a alegria, por exemplo, não é algo específico, mas que abarca todas as realidades. Isto porque ela é de dentro para fora e não de fora para dentro. Se entendermos o mundo como sendo uma interpretação, sendo portanto algo de dentro, e às vezes mais de dentro que de fora, devemos convir que a realidade é em si mais psíquica que propriamente material. Por isto, a realidade está submetida à essência interna do ser humano, e se confunde de tal maneira com ela que se transforma nela. ( É ela )

      O que passa a interessar agora não é o mundo, mas a interpretação que faço dele ( porque isto constitui a realidade ). O mundo é tal como funciona nossa mente e nosso pensamento, é inimaginável saber como os diversos animais pensam e entendem o mundo, ou como fariam seres extra terrestres.





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