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- Simulação da realidade
Hoje um ser humano precisa para ser inflamado ou
sensibilizado de uma “simulação da realidade”. Ou seja: é mais fácil se
emocionar assistindo à um filme que com as situações das tramas naturais da
vida. Isto porque o filme possui recursos que na vida foram perdidos, tais
como: Musicalidade, beleza, importância, valor e por vezes chegando ao cúmulo
de perder o próprio enredo, isto ocorre de tal maneira que a vida passa a ser
uma sucessão contínua de banalidades e futilidades.
Da maneira
descartável como vivemos, os filmes se tornaram realidades para a percepção
essencial do homem ( Realidade ilusória? ), passam estas realidades maquinadas
e cheia de efeitos especiais a ser algo mais interessante para ser vivenciado
que a própria vida. Ora bolas, mas que hilaridade!
Na verdade,
para a vida do espírito, não existe diferença entre lembranças da vida, música,
filme, teatro, pintura ou a própria realidade do mundo que é constantemente
interpretado pelos sentidos.
O objetivo da
realidade é sensibilizar o espírito humano através das 5 potencialidades de
inflamação, não obstante se entende como realidade tudo aquilo que nos cerca,
ou tudo aquilo com o qual temos a capacidade de travar contato, um filme ou
teatro, por exemplo, representam a simulação da realidade, o ser humano não só
se sensibiliza com a realidade propriamente dita como também com a “simulação da realidade”.
Um jogo de futebol é uma realidade programada com regras. A sociedade criou
algumas regras de convivência. A realidade essencial pode ter regras? Não é
dotada de liberdade total?
Esta diferença
inexiste porque o objetivo último é sensibilizar o espírito, por isto, o nível
de “experiência existencial” pode ser igual lendo um livro ou viver o mundo
sensível, e espantem-se leitores pois na maioria das vezes o livro acaba sendo
mais interessante que a vida.
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