14 - Sobre a liberdade aparente
Este é
um objetivo que desde o princípio está incrustado em potencial, que
representamos como círculos ocultos, e se isto ocorrerá num determinado momento
da vida, é notável dizer que todo movimento é aparente ( inclusive a
criação de uma nova realidade ). Pois em potencial a realidade é uma só, e o
indivíduo crê que cria algo novo, no entanto esta novidade é uma percepção de
sua estrutura pessoal que sempre pertenceu ao campo da realidade em forma de
realidade oculta.
Toda a
liberdade da criação é portanto ilusória, aliás dentro deste conceito, podemos
chegar a pensar que a própria liberdade da vida é uma sensação ilusória, já que
tudo sempre existiu, nada foi criado ou inventado. Estamos de qualquer modo
fadados a seguir um caminho pré-estabelecido: o “caminho das possibilidades
existentes ou círculos ocultos”
O
movimento corporal passa a ser igualmente não uma liberdade, mas está contido
numa variedade de possibilidades existentes, ainda que os movimentos possam
parecer novos ao praticante já são pré-existentes na realidade.
Chegamos à
conclusão de que o objetivo seria a realização pessoal, mesmo estando vivendo
em uma liberdade aparente, e na maioria dos casos: não se sabendo que se vive
em uma realidade já delineada por si mesma.
A sensação de
êxtase numa realização é superior ao caminho limitado transcorrido para haver
chegado à esta realização. Assim a liberdade não se situa no campo das
possibilidades mas sim no campo psicológico. “Sou livre porque sou completo, e
não porque faço o que quiser”. Ainda assim a liberdade é apenas uma sensação
aparente, pois a realidade já é totalmente premeditada em potencial.
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