Tuesday, November 5, 2024

14 - Sobre a liberdade aparente

 

14 - Sobre a liberdade aparente

      Este é um objetivo que desde o princípio está incrustado em potencial, que representamos como círculos ocultos, e se isto ocorrerá num determinado momento da vida, é notável dizer que todo movimento é aparente ( inclusive a criação de uma nova realidade ). Pois em potencial a realidade é uma só, e o indivíduo crê que cria algo novo, no entanto esta novidade é uma percepção de sua estrutura pessoal que sempre pertenceu ao campo da realidade em forma de realidade oculta.

      Toda a liberdade da criação é portanto ilusória, aliás dentro deste conceito, podemos chegar a pensar que a própria liberdade da vida é uma sensação ilusória, já que tudo sempre existiu, nada foi criado ou inventado. Estamos de qualquer modo fadados a seguir um caminho pré-estabelecido: o “caminho das possibilidades existentes ou círculos ocultos”

      O movimento corporal passa a ser igualmente não uma liberdade, mas está contido numa variedade de possibilidades existentes, ainda que os movimentos possam parecer novos ao praticante já são pré-existentes na realidade.

      Chegamos à conclusão de que o objetivo seria a realização pessoal, mesmo estando vivendo em uma liberdade aparente, e na maioria dos casos: não se sabendo que se vive em uma realidade já delineada por si mesma.

      A sensação de êxtase numa realização é superior ao caminho limitado transcorrido para haver chegado à esta realização. Assim a liberdade não se situa no campo das possibilidades mas sim no campo psicológico. “Sou livre porque sou completo, e não porque faço o que quiser”. Ainda assim a liberdade é apenas uma sensação aparente, pois a realidade já é totalmente premeditada em potencial.

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