Tuesday, November 5, 2024

13 - Expansão e explosão dos círculos

 

13 - Expansão e explosão dos círculos

      Até que ponto podem os círculos aumentar? Os círculos aumentam porque a pessoa se torna sensitiva em determinada realidade da vida, supõe-se que haverá um momento em que ela conhece em tal grau a realidade que acaba por conhecer a realidade tal como ela é. Imaginemos então que chegando neste ponto o circulo se estoure ou se expanda deixando que toda a realidade que está dentro se espalhe através de todo o super-consciente. Mesmo através dos círculos ocultos que são apenas realidades em potencial.

      As ilustrações geográficas ou geométricas estão postas para facilitar o entendimento da idéia, pois o desenho, assim como a linguagem são recursos intelectuais do entendimento da realidade

      Então o círculo se explodiu e espalhou todo seu rico e já complexo material por todo o super-consciente, de modo que nos deparamos agora com uma “fusão de realidades”. O que foi dito antes é agora então errado, pois fora proferido que num nível consciente o ser humano não pode viver mais de uma realidade ao mesmo tempo, no entanto é exatamente com isto que nos deparamos agora.

      Para exemplificar este processo podemos colocar determinada pessoa como sensitivo em último grau da realidade religiosa, seu círculo de religião aumentou tanto de tamanho que explodiu, espargiu-se por todo o super-consciente inserindo-se também nas outras realidades como por exemplo a música ou os aspectos sociais.

      Sua percepção musical agora denota grande influência da realidade religiosa, assim como a conversa com outras pessoas ou a sociabilização, na qual há importância além da aparente, nem é necessário para que esta pessoa aplique caráter religioso às coisas que as músicas sejam religiosas ou que as conversas sejam sobre este assunto. Pode ser samba ou música africana podem ser conversas sobre sexo ou banalidades do dia a dia, é a percepção desta pessoa que é vinculada à religião, é por isto que diz-se que a realidade última das coisas não são s\as coisas em si, mas sim a resultante final que ocorre após os conceitos e realidades pessoais haverem sido aplicados à realidade externa.

      Isto é a prova de que podemos ao mesmo tempo viver realidades diferentes, contanto que tenhamos desenvolvido à um tal nível o conhecimento de determinada realidade à fazê-la explodir e envolver as outras.

      Se explodiu, envolve até os círculos ocultos, ou realidades ainda não conhecidas, o que pode parecer difícil de imaginar, no entanto passa que quando conhecemos algo novo já estamos influenciando-o com nossas próprias expectativas, imaginações, concepções e realidades internas por assim dizer.

      É evidente que se pensarmos assim a realidade pessoal que mais irá influenciar no novo objeto de conhecimento ( Antigo círculo oculto ) será aquela que estiver mais desenvolvida, que é aquela em que o sujeito é um “sensitivo total”, já explodida.

      Por isto as pessoas não têm apenas idéias diferentes quando tomam contato com o mesmo objeto, como podem também utilizar um veículo de interpretação diferente, e ainda misturar círculos de realidade.

      É como dizer que posso interpretar Bach racionalmente ou emotivamente, e ainda mistura-lo às sensações provindas de uma maratona.

      O objetivo final é então dilatar e explodir todos os círculos e passar a interpretar tudo utilizando tudo, isto representa atingir o nível super-consciente e mantê-lo sob total controle, o inconsciente comumente tão restrito, frágil e perdido transformar-se-á no próprio super-consciente.

      Em potencial, portanto, somando-se todos os círculos ocultos o ser humano é completo, e se neste final ele interpreta tudo através de tudo é como se não houvesse movimento quando ele se desloca de uma realidade à outra, na verdade não há, pois ele está em todas ao mesmo tempo.

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